Iniciativa conta com cooperação do CSIC-Espanha, do IFSC Garopaba e da Universidade Simón Bolívar da Colômbia para avaliar a saúde de estoques de moluscos e a segurança alimentar

Imbituba acaba de conquistar um espaço de destaque na ciência internacional ao integrar um projeto de pesquisa que une Brasil, Espanha e Colômbia em prol da sustentabilidade dos moluscos bivalves. A iniciativa, intitulada “Assessment of the health status of bivalve stocks of commercial interest and implications for food safety under Global Change Scenarios” (Avaliação do estado de saúde dos estoques de moluscos bivalves de interesse comercial e implicações para a segurança alimentar sob Cenários de Mudança Global), terá duração de dois anos (2025-2026) e foca em organismos como ostras, berbigões e mexilhões, de enorme relevância ecológica e econômica para regiões costeiras. 

O projeto reúne o Instituto de Ciências Marinhas de Andalucía (ICMAN-CSIC), liderado pela Dra. Miriam Hampel, o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), campus Garopaba, representado pelo professor Eduardo Cargnin Ferreira, e a Universidad Simón Bolívar, da Colômbia, coordenada pelo professor Ronield Elías Fernández Rodríguez.

Entre os principais objetivos da iniciativa estão, desenvolver ferramentas de observação e monitoramento para a conservação e exploração sustentável dos moluscos, realizar uma análise comparativa da legislação ambiental sobre poluição em diferentes continentes, estabelecer parâmetros comuns para avaliar a saúde dos organismos e a qualidade do ambiente costeiro e contribuir diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como Vida na Água (ODS 14), Água Potável e Saneamento (ODS 6) e Ação Contra a Mudança Global do Clima (ODS 13).

Benefícios para Imbituba

A participação do IFSC/Imbituba no consórcio internacional coloca o município em evidência na produção científica de alto nível. Além do fortalecimento da maricultura, a pesquisa vai gerar benefícios para como: Desenvolvimento de técnicas mais seguras e sustentáveis para o cultivo de moluscos, monitoramento da qualidade da água e dos sedimentos da costa local, suporte à economia pesqueira e de aquicultura, promovendo práticas resilientes e oportunidades de capacitação técnica para estudantes e pesquisadores.
 
A secretária de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Imbituba, Patrícia Menegaz de Farias, destacou a relevância da participação da cidade nesse movimento global que coloca Imbituba em sintonia com os maiores centros de pesquisa do mundo. “É um passo fundamental para fortalecer nossa maricultura, proteger o meio ambiente costeiro e garantir alimentos de qualidade para a população. A ciência, aqui, se traduz diretamente em desenvolvimento sustentável para a nossa cidade. Além disso, os estudos estarão totalmente alinhados ao Programa Lagoas Costeiras, que estamos estruturando no município para o diagnóstico e monitoramento ambiental de nossas lagoas. Essa integração fortalece a gestão dos ecossistemas aquáticos, gera dados técnicos valiosos e amplia a capacidade de Imbituba de planejar ações estratégicas para o futuro”, destacou a secretária.

As próximas etapas do projeto incluem missões de trabalho, coleta de dados, harmonização de metodologias e reuniões anuais entre os grupos de pesquisa para alinhar os avanços.

Fonte: Diretoria Executiva de Comunicação e Inteligência